Page 30 - Giz Negro: Edição de julho 2021

julho 2021

À descoberta dos Passadiços

O homem sempre sentiu um apelo pela natureza.
O urbanismo e a concentração das pessoas nas cidades

vieram, no entanto, distanciar as pessoas do contacto
com os espaços naturais.
Contudo, nos últimos anos, e talvez por um despertar de
consciências e necessidades, temos vindo a assistir a

uma onda de construção de estruturas que visam permitir uma comunhão do homem
com a natureza de uma forma sustentável e segura, ao mesmo tempo que se protege
e valoriza o espaço onde essas estruturas assentam.
Os passadiços são bons exemplos do esforço que os nossos municípios têm

vindo a desenvolver no sentido de criarem experiências aprazíveis para as pessoas
na relação que elas têm com a natureza.
Portugal, apesar de ser um país pequeno, apresenta uma diversidade de pai-
sagens naturais digna de se louvar. Desde o namoro entre o azul do mar e o verde

dos montes do Minho litoral, passando pelas imponentes e dramáticas paisagens do
Alto Douro ou pelas planícies de amarelo sem fim do Alentejo até às chamativas prai-
as do Algarve, Portugal torna relativamente fácil a tarefa de oferecer agradáveis mo-
mentos de convivência com a natureza.
Efetivamente, de norte a sul de Portugal podemos encontrar bons exemplos

daquilo que tem sido feito para permitir o usufruto e o convívio com a natureza. Até
parece que estamos perante uma moda, onde os diferentes municípios competem
entre si para ver qual consegue valorizar mais o seu património natural e atrair o mai-

or número de pessoas.
Portugal dispõe de dezenas de passadiços que tornam
possível conhecer paisagens rochosas e íngremes ou usu-
fruir de belos cenários à beira-mar. De modo a abrir o apeti-
te do leitor curioso por esta forma de incursão na natureza,

elegi três exemplos representativos deste tipo de estruturas
que podemos encontrar no nosso belo e diverso país.
Passadiços do Paiva, um caso de sucesso!

Inaugurados em junho de 2015, os passadiços do Paiva
situam-se no concelho de Arouca, no distrito de Aveiro, sendo o caso de maior suces-
so no nosso país. Efetivamente, nos primeiros dois meses após a sua abertura rece-
beu a visita de cerca de 200 mil pessoas.
(continua)

GIZ NEGRO / Jornal Escolar 30