Page 22 - Giz Negro: Edição de julho 2021
P. 22

julho 2021

                                                       Um Conto



                   Certo dia, dois meninos, Pedro e Lucas, foram passear até que se perde-

            ram num bosque.
                   O local onde se encontravam era lindo, até parecia tirado de um conto de
            fadas. Só que os meninos não acreditavam em nada disso.
                   Eles andavam, andavam, mas iam dar sempre ao mesmo lugar, até que

            apareceu uma fada. Os dois ficaram de boca aberta e a pensar que estavam a
            alucinar.
                   Ainda assim, quando a fada lhes perguntou o que estavam ali a fazer, res-
            ponderam que estavam perdidos.

                   A fada, de tão gentil que era, explicou-lhes o caminho para irem embora,
            mas, primeiro, perguntou-lhes se não queriam conhecer um pouco o monte, pois
            era muito grande para conhecer num dia só. Eles aceitaram.
                   As crianças começaram a ver muitas minicasas e, então, pediram para ir

            conhecer as outras fadas, mas ela não aceitou porque elas estavam a trabalhar.
                   Passado algum tempo, os rapazes viram uma coisa muito esquisita, pare-
            cia uma espécie de animal. Curiosos que eram, perguntaram o que era. Só que a
            fada também não sabia. Então, mandou-os recuar.
                   A coisa estranha era, afinal, um monstro que adorava comer borboletas.

                   Quando  a  fada  viu  o  que  era,  começou  a  fugir  e  os  meninos  correram
            atrás dela.
                   Assim que conseguiu, ela pegou na sua varinha e apontou para o monstro

            horrível.
                   Aquilo que eles não sabiam era que o monstro era um sapo, só que esta-
            va cheio de terra e com ervas agarradas ao corpo.
                   Quando a fada apontou a varinha, o sapo parou e, ao parar, caiu ao lago
            junto do qual se encontravam. Nesse momento, saiu toda a sujidade que ele ti-

            nha e a fada perguntou aos meninos se já tinham visto alguma coisa parecida.
            Eles disseram que sim e acrescentaram que aqueles bichos não faziam mal, só
            era preciso falar-lhes com calma.

                   Portanto, a fada dirigiu-se ao sapo e perguntou-lhe o que queria dela. Es-
            te explicou que queria comer umas borboletas, porque estava com muita fome.
            Ela  deu  uma  gargalhada  e  disse-lhe  que  era  uma  fada.  Logo,  o  animal  pediu
            desculpa por a ter confundido e foi embora.
                   De seguida, os meninos disseram que também tinham de regressar. Por

            isso, a fada levou-os à saída do bosque.
                   Na despedida, eles confessaram que tinham adorado a experiência e que,
            sempre que pudessem, voltariam.


                                                                           Bruna Silva, 7.º D



         GIZ NEGRO / Jornal Escolar                                                                                                                                                                                     22
   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26   27